Além do IMC: entenda o que muda com as novas diretrizes para o tratamento da obesidade
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica reconheceu a condição como doença e não apenas como fator de risco
Jornal da Record News|Do R7
Com as novas diretrizes para o tratamento da obesidade apresentadas pela Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica) na última quinta-feira (29), a condição agora é reconhecida como doença e não apenas como um fator de risco. O documento incluiu 35 recomendações para o bom uso de remédios, inclusive das injeções à base de tirzepatida e semaglutida.
Em entrevista ao Jornal da Record News de segunda-feira (2), Fernando Gerchman, endocrinologista e integrante do departamento científico da associação, explica que entre as principais mudanças está a possibilidade de indicar medicamentos mesmo para pacientes com IMC (Índice de Massa Corporal) abaixo de 27.
Segundo ele, o tratamento farmacológico só era recomendado quando o IMC do paciente estivesse associado a outras complicações da obesidade, como hipertensão, pré-diabetes, doenças do sistema musculoesquelético ou cardiovasculares, ou quando o índice ultraasse 30.
“A gente pode avaliar o paciente através de codificação da gordura corporal, através de métodos de avaliação bem simples, como a medida da cintura abdominal — a relação cintura e altura — e, se tiver em excesso esses parâmetros, nós poderíamos indicar tratamento farmacológico de obesidade”, afirma Gerchman.
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