Lula encerra viagem à França com participação em conferência da ONU sobre oceanos
Evento é dedicado à conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos; presidente retorna ao Brasil nesta segunda
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta segunda-feira (9), em Nice, na França, da 3ª Conferência da ONU (organização das Nações Unidas) sobre os Oceanos. O objetivo do encontro é promover o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 14, da Agenda 2030 da ONU, que é dedicada à conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos.
Esse é um dos últimos compromissos do presidente na França, onde ele cumpre agenda oficial desde a semana ada. Depois, Lula vai a Lyon para uma cerimônia na Interpol. De lá, retorna ao Brasil, com uma escala em Cabo Verde. Ele deve chegar em Brasília na noite desta segunda.
Durante o evento sobre oceanos, Lula pretende ressaltar a importância dos mares como reguladores climáticos e fonte de biodiversidade. Nesse domingo (8), durante fórum em Mônaco no Dia Mundial do Oceano, o presidente cobrou atenção da comunidade internacional à preservação dos oceanos e alertou: “Ou agimos, ou o planeta corre risco”.
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Lula destacou que “o oceano não recebe o devido reconhecimento pelo que nos proporciona”. Segundo o presidente, “falta-nos concluir instrumento vinculante para acabar com a poluição por plástico nos oceanos e avançar na ratificação do novo tratado para a biodiversidade nas águas internacionais”.
O presidente lembrou que, pelo mar, trafegam mais de 80% do comércio internacional. “Se fosse um país, o oceano ocuparia a quinta posição entre as maiores economias do mundo. Ele gera anualmente US$ 2,6 trilhões. Seu leito guarda recursos naturais inestimáveis”, reiterou, acrescentando que “tornar a economia azul mais forte, diversa e sustentável contribui para a prosperidade do mundo em desenvolvimento”.
Em seguida, Lula indicou o contraponto que exige atenção mundial. “O ODS 14 [da ONU] é um dos objetivos com menor financiamento de toda a Agenda 2030. O déficit para sua implementação é estimado em US$ 150 bilhões por ano. Recursos insuficientes constituem um problema crônico de várias iniciativas multilaterais.”
“Dos 33 países da América Latina e Caribe, 23 possuem maior território marítimo do que terrestre. A África detém 13 milhões de km quadrados de território marítimo. Isso equivale à soma do território continental da União Europeia e dos Estados Unidos. Tornar a economia azul mais forte, diversa e sustentável contribui para a prosperidade do mundo em desenvolvimento”, pontuou Lula.
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