Tarifas dos EUA sobre aço brasileiro podem causar desemprego na indústria siderúrgica
Taxa de 50% entra em vigor a partir desta quarta-feira (4)
Conexão Record News|Do R7
A taxação de importações pelos Estados Unidos, especialmente do aço brasileiro, deve desacelerar a economia, segundo análise do professor de relações internacionais Vitelio Brustolin.
Ao Conexão Record News desta quarta-feira (4), Brustolin avalia que o Brasil demorou para diversificar seu mercado consumidor e reduzir a dependência dos americanos nas exportações. Negociações com a Casa Branca para reduzir as tarifas são essenciais, mas, segundo ele, “não têm avançado”.
O especialista aponta que as medidas comerciais adotadas por Washington devem impactar negativamente a indústria siderúrgica no curto e médio prazo. Setores como siderurgia e mineração podem enfrentar aumento do desemprego. Brustolin destaca que o Brasil precisa buscar alternativas para escoar a produção excedente de aço para outros mercados.
A China, apesar de ser um dos principais compradores do Brasil, não demonstra tanto interesse, pois também é exportadora do produto. O professor ressalta que a venda de derivados, como chapas e barras de aço, seria uma opção viável, mas essa negociação deveria ter sido antecipada com o mercado chinês.
Os Estados Unidos ainda aguardam uma contraproposta dos países que serão impactados pela tarifa de 50% sobre aço e alumínio, como o Brasil. A medida entra em vigor nesta quarta-feira (4).
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