Líder do PT pede à PGR que Bolsonaro use tornozeleira e não entre em embaixadas
Parlamentar ainda pede que o ex-presidente seja proibido de sair do Distrito Federal
Brasília|Do R7

O líder do PT (Partido dos Trabalhadores) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), pediu, nesta quarta-feira (4), à PGR (Procuradoria-Geral da República) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) use tornozeleira eletrônica e que seja proibido de se aproximar de embaixadas, consulados estrangeiros, organismos internacionais, aeroportos, rodoviárias interestaduais, portos e zonas de fronteira.
Lindbergh usa como argumento no pedido a ida da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para o exterior, além da atuação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA.
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No documento, o líder do PT ainda pede que a PGR determine a proibição de Bolsonaro de manter contato com réus na ação penal da tentativa de golpe de Estado, em que o ex-presidente e outros 33 são réus. Além disso, que ele seja proibido de sair do Distrito Federal, exceto com ordem judicial.
Lindbergh cita no pedido que Bolsonaro é “acusado de liderar o núcleo político-ideológico de uma trama golpista” e que o ex-presidente “não apenas participou de reuniões estratégicas para um golpe de Estado, mas serviu como catalisador da retórica antidemocrática e dos ataques institucionais ao Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral, com contínuo incentivo à insurreição civil e militar”.
Ele ainda cita o contato entre Bolsonaro e o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) antes de o parlamentar testemunhar a favor do ex-presidente no STF (Supremo Tribunal Federal).
Lindbergh menciona também que Bolsonaro financia Eduardo, que é seu filho, nos EUA. O deputado se licenciou em 20 de março para “denunciar” supostos abusos cometidos pelo ministro Alexandre de Moraes.
O pedido também foi encaminhado a Moraes, relator da ação sobre a tentativa de golpe. Mais cedo, Moraes determinou a prisão preventiva de Zambelli após um pedido da PGR. O magistrado também determinou que o nome da parlamentar, que foi condenada a 10 anos de prisão, fosse incluído na lista vermelha da Interpol.
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